terça-feira, 19 de abril de 2011

O espólio indesejado da Colonização...

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), respaldou ontem a decisão da França de parar um trem vindo da Itália com imigrantes tunisianos. A medida, que interrompeu por várias horas o tráfego ferroviário entre os dois países no domingo, foi considerada legítima. 

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De acordo com a comissária do Interior do bloco, Cecilia Malmström, as explicações francesas foram suficientes. "Foi uma medida pontual, que não saiu do estritamente necessário", disse. "Aparentemente, a França tinha direito de fazer isso."

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Controle fronteiriço. A Suíça, a Alemanha e a Áustria intensificaram ontem o controle sobre as fronteiras para evitar que imigrantes do Norte da África que já estejam na Itália entrem em seus territórios. Na Suíça, o partido que governa a região que faz fronteira com a Itália chegou a ameaçar com a proposta da construção de um muro de quatro metros de altura para evitar a entrada dos estrangeiros.

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FONTE: O ESTADÃO

Nossa opinião...
Não vejo o episódio a cima descrito, como apenas um caso de tentativa de imigração ilegal.

Nobre Europa, berço das maiores barbáries da humanidade.

Os imigrantes tunisianos, assim como os demais imigrantes africanos, que tentam chegar até a Europa, sentiram na pele, um pouco da solidariedade européia do século XXI.

 A Tunísia, protetorado da França de 1881 até 1956 (foi também ocupada pela Alemanha durante a II GM) . É apenas mais um dos países africanos que foram explorados e condenados ao subdesenvolvimento economico e a mizéria de seu povo pelas potências européias.

O que estamos assistindo é o renascimento do forte xenofobismo europeu, se é que se pode falar em "renacimento" tendo em vista que partidos com ideologia "nacionalista", nunca perderam suas forças.

A hiprocrisia da política internacional e o novo subproduto da globalização - a imposição da democracia - vai levar o mundo para a III GM.

Assim como Adolf Hitler praticou a ideologia do "nacional-socialismo" para justificar e embasar seu puro e simples desejo de dominação, impondo a submissão aos demais povos, nos dias atuais já podemos conceber na Europa a política do "nacional - capitalismo".
As nações protegem a todo custo seus postos de trabalho, seja através de medidas protecionista, seja através do endurecimento das penas e a construção de muros, contra a imigração. Os partidos com programas mais liberais, nos atuais tempos de crise, apresentam ao eleitor uma visão mais dura com relação a imigração para não perderem cadeiros no parlamento, para os partidos "nacionalistas".

Apoiar o desenvolvimento, como nação, das antigas colonias, nem se quer "de longe"  passa pela cabeça dos poderosos dirigentes europeus.

Para eles, ajudar a desenvolver, é mandar suas famigeradas multinacionais para explorarem mão-de-obra barata e recursos naturais abundantes a preços irrisórios, com benefícios fiscais de 50 anos ou mais e quando seus interesses não são atendidos, derrubam governos como castelos de cartas.
 
Como o exemplo da própria França, que bobardeia a Líbia para - pasmem - proteger os civís inocentes.

A Europa enfreta e ainda vai enfrentar, sabe-se lá a que custo de vidas, o espólio indesejado da colonização...

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